COZINHA AO AR LIVRE

O projeto surge a partir da demanda por um espaço para cozinhar, comer e conviver que se integrasse de forma orgânica ao exterior da residência e seu jardim. A Cozinha ao ar livre acontece como uma extensão entre o espaço construído e o vazio existente.

A intervenção é constituída de três elementos primários que definem a composição da arquitetura e as diretrizes do projeto: uma delicada cobertura fixa em madeira e vidro, uma bancada monolítica que abriga os equipamentos do cozinhar e um novo piso - que se estende em nível com o piso existente, unindo interior e exterior.

A cobertura desenha um abrigo sobre o espaço, área sombreada que permite a permanência por longo período de tempo e uma ocupação mais flexível dos espaço que recobre. A estrutura modular em madeira maciça Garapeira se apoia nos muros laterais, fachada da residência e frontalmente em um único pilar, implantado a 1/3 do vão. O pilar roliço faz uma composição visual com a Jabuticabeira existente e abraça o encaixe entre as 2 vigas que vencem o vão livre da estrutura.

A bancada com acabamento cimentício, é um elemento monolítico que dialoga com a estética preexistente. Uma escultura que não apenas serve ao espaço, mas o transforma, marcando a presença da solidez em meio à fluidez do espaço e da natureza.

O piso novo é o elo que conecta a casa e o jardim. Realizado em Fulget, o piso se dialoga em termos de materialidade tanto com o piso existente em mármore travertino quanto à nova bancada.

O espaço por fim é um convite para explorar e desfrutar de forma mais ampla o jardim da residência - esse espaço de fato ao ar livre e que é compartilhado entre os residentes humanos mas também as diferentes plantas e animais que nele encontram refúgio.